"Pré" e o hífen
O prefixo pré- tem origem latina e exprime a ideia de anterioridade, antecipação.
Quando for tônico e com significado próprio, sempre deve ser seguido por hífen. É relativamente simples identificar quando isso ocorre, pois nesses casos o prefixo é escrito com acento agudo. Acompanhe os exemplos:
pré-adolescência
pré-ajustado
pré-cirúrgico
pré-colonial
pré-cozido
pré-comunhão
pré-datado
pré-eleitoral
pré-escolar
pré-fabricado
pré-história
pré-inaugural
pré-modernismo
pré-molar
pré-natal
pré-nupcial
pré-operatório
pré-venda
Obs.: se o prefixo não for autônomo, não haverá hífen. Isso ocorre quando o prefixo se apresenta como átono, isto é, sem autonomia fonética. Assim, não aparece acompanhado do hífen e não recebe acento gráfico.
Exemplos: predeterminado, prefácio, prever, prefixo, preliminar, pressupor, preconceito, preexistente, prenome, premonição.
Casos de dupla grafia
Em alguns casos, as pessoas não conseguem distinguir facilmente entre a pronúncia do "e" aberto e do "e" fechado, como nas palavras preanunciar, preaquecer, precitado, precondição e preestabelecer, embora todas elas sejam escritas sem hífen e sem acento.
Inclusive, dependendo da região do Brasil, pode haver uma predominância do timbre aberto, o que leva as pessoas a usarem o pré tônico e cometerem erros na escrita (como em "pré-estabelecer", que é uma grafia errada).
Em virtude dessa ambivalência, o Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa VOLP já registra duas grafias em alguns casos:
- pré-eleito e preeleito
- pré-embrião e preembrião
- pré-demarcar e predemarcar
- pré-requisito
e prerrequisito
Nesses exemplos, ambas as palavras apresentadas são aceitas.